A pandemia chegou mudando hábitos, quebrando paradigmas e isso tem efeito direto em como as pessoas consomem, principalmente informação.
2020 gerou uma ruptura muito grande em que, novas pessoas passaram a usar os canais digitais para consumir informação e pessoas que já usavam alteraram seus hábitos, aumentando a frequência ou variando os tipos e formatos de consumo desse conteúdo.
É importante pensar que, nessa virada de ano as tendências mudaram porque os comportamentos mudaram e é sobre essas novas tendências que vamos conversar hoje.
Menos é mais!
O primeiro ponto, que está cada dia mais forte é o: MENOS É MAIS.
Menos é mais no sentido de haver um questionamento por parte de marcas sobre o sentido de fazer uma quantidade imensa de conteúdo irrelevante.
Até que ponto faz sentido eu ter presença, mas ser irrelevante para o meu público e simplesmente não ter nenhum tipo de consumo dessa informação?
Quando você traz essa discussão, repensa os tipos de conteúdo que criará, a maneira que se comunicará e principalmente o valor que irá gerar.
Você começa a entender qual o valor que gera para esse conteúdo e se está de acordo com a sua audiência.
Vale se perguntar: como meu público se torna melhor ao consumir o conteúdo? Seja na forma de lidar com o dia a dia, nos insights que são gerados, ou nas novas soluções que estão sendo colocadas nesse conteúdo.
Isso passa a ser um tema central dessa construção de editorial.
Simplicidade
O segundo ponto é que a simplicidade pode ser uma estratégia no sentido de que: você não necessariamente precisa de superproduções para ter o mesmo nível de relevância ou envolvimento de grandes produções.
Isso, além de abrir um leque para a possibilidade de novos players fazerem parte da disputa por atenção, também gera uma abertura do leque criativo, isso porque muitas vezes a criatividade fica limitada a orçamento ou limitada a disponibilidade de recursos.
Mas, no momento em que você entende que não necessariamente uma mega produção gera impacto e envolvimento, se sente mais livre para testar coisas novas e experimentar novas possibilidades e variações.
Isso é muito importante quando falamos de manter essa audiência aquecida e envolvida no que está sendo feito pela marca.
Conteúdos rápidos
O terceiro ponto é a questão de conteúdos de consumo rápido, as pílulas de conteúdo.
Cada vez mais o acesso e o consumo de informação se dá de maneira fragmentada.
É difícil ter grandes períodos para consumir muita informação, normalmente há pequenos intervalos de tempo que são ocupados pelo consumo de informação, seja no acesso de um stories, um vídeo no feed, no youtube e assim por diante.
Entendendo isso, as marcas passam a pensar de uma maneira mais estratégica em relação às pílulas de conteúdo, isso se torna uma tendência muito forte.
Então, por exemplo, grandes vídeos podem se tornar pílulas de conteúdo de consumo mais acessível.
Isso também está associado à questão da ansiedade da audiência, que não necessariamente está disposta a ver um vídeo longo para entender determinado assunto, em certos momentos, entender o suficiente basta para ter uma ideia e percepção a respeito de uma informação ou conteúdo que está consumindo.
Isso faz com que as marcas cogitem que é mais efetivo ter uma variedade de pílulas de conteúdos do que grandes conteúdos densos.
E qual é a régua que define a variável ou a variante de conteúdo que você pensará para produzir? Depende muito do nível de qualificação da sua audiência.
Esse é um ponto importante, audiências extremamente qualificadas tendem a consumir conteúdos cada vez mais densos, pois estão buscando se aprofundar naquilo que conhecem. Já audiências menos qualificadas tendem a consumir conteúdos mais rasos e as pílulas se encaixam nessa tendência inicial de qualificação e contato.
Autenticidade
A quarta tendência é muito relevante principalmente para quem está se posicionando como autoridade na rede. Autenticidade passou a ser vital!
Essa autenticidade está associada a autorialidade, que é o poder que a marca ou o indivíduo tem de se tornar autoral e realmente criar informação, insights, posicionamentos e elementos que caracterizem que o que foi dito e feito pertence a essa marca e indivíduo.
Essa autenticidade está ligada com o dia a dia, não adianta mais fingir que você é uma coisa que não. Isso já vinha em queda livre nos últimos anos e em 2022 as pessoas querem ver verdade, afinal, é ela que gera conexão e envolvimento.
Esse é o ponto, não adianta criar um mundo de Instagram só para ter seguidor, isso não faz mais sentido.
Do outro lado, a autenticidade está associada a elementos realmente autênticos de marca, que possam gerar essa identificação com a audiência.
Isso faz muito sentido principalmente se considerarmos que 2020 foi um ano em que o digital passou a ser o nosso normal e no nosso cotidiano as coisas não são mágicas, no sentido de que não vivemos em mundo de Instagram nem idealizado.
Nosso dia a dia tem a realidade, temos que lidar com ela e a partir do momento em que o digital se torna o novo normal, passamos a olhar o digital com os olhos de realidade. Você não quer ver coisas que não façam tanto sentido ou pareçam tão distantes da realidade, principalmente se esta buscando se conectar com pessoas que estão à distância ou se quer seguir novos influencers e quer ver o quanto ele é autêntico, o que ele realmente te traz de informação nova e relevante e o quanto ele é verdadeiro em relação ao que diz e faz.
E ai, o que acha destas tendências?
Espero que elas te ajudem, pois ter isso em mente te dá um norte para onde guiar as suas estratégias nesse ano, assim conseguimos ser mais assertivos, termos mais impacto e mais resultados!
