A morte da cultura tradicional corporativa

  • 16 de junho de 2022
  • Por antonio
  • 7 min de leitura

Ao longo dos anos a cultura corporativa vem mudando e a cada dia esse processo se torna mais acelerado.

Na minha opinião a cultura tradicional corporativa morreu, afinal essa cultura não se encaixa mais nas mudanças que estão acontecendo no mercado. E estou aqui para falar o porquê certas coisas deixaram de fazer sentido nesse sistema.

Bom, a primeira questão é: por que a cultura corporativa tradicional morreu? Eu tenho alguns pontos para discorrer sobre isso. Vamos lá?

1. Consumo imediato

É simples, o mercado reflete o comportamento das pessoas. Se as pessoas mudaram, o mercado também mudou.

Hoje em dia os clientes não aceitam mais ficar sem uma resposta rápida do mercado, independente de qual seja.

Estamos passando por um processo em que a tecnologia possibilita e incentiva o imediatismo, portanto, a cada dia o mercado exige respostas e ações mais ágeis para tudo.

Essa é a era do consumo imediato, onde: eu quero, compro e recebo em um período muito curto de tempo.

O mais interessante disso é que, se o mercado está querendo uma resposta mais rápida, ágil e alinhada com essa ansiedade, eu não consigo, enquanto negócio, ter uma resposta com velocidade se continuar agindo em uma cultura tradicional, hierarquizada, fragmentada e desconectada entre si. Isso prejudica a velocidade, pois acaba existindo muito retrabalho, muitas informações falhas, e diversos outros problemas.

Um sinal dessa mudança do mercado é a ascensão do modelo startup, que oferta soluções mais ágeis e sana o anseio do público por essa velocidade. Esse mecanismo se retroalimenta. Sendo que a startup nada mais é do que um projeto que busca um negócio replicado, escalado e que gera valor em uma velocidade muito rápida e direcionada.

E por que esse modelo de negócio faz sentido atualmente? Se eu tenho estruturas muito lentas, burocráticas e difíceis de se movimentar, quem é mais rápido chega primeiro e domina o mercado primeiro.

2. Inovação de mercado

O corporativismo naquele modelo bem tradicional e engessado sofreu muito neste 2020, pois as bases foram diretamente afetadas. Todo esse processo fez com que se reinventar deixasse de ser uma opção e passasse a ser uma necessidade. A própria cultura do home office, por exemplo, teve que quebrar muitos desses paradigmas.

De novo você para e pensa: faz sentido agir dessa forma ou eu devo buscar essa agilidade que já comentamos? Um ponto que eu gosto de avaliar é o seguinte: não devemos ser nem 8, nem 80.

Um modelo muito rígido e engessado é um problema, mas ser muito flexível e não ter uma diretriz clara pode acabar te afetando de maneira negativa também. É preciso balancear esses pontos. Para isso é necessário experimentar e analisar o que faz e não faz sentido.

É preciso ter esse termômetro cultural e entender quais aspectos do seu negócio precisam ser mais ágeis, flexíveis e terem uma resposta mais rápida e quais precisam ser mais focados, tranquilos e com processos mais longos.

Nesse processo, o marketing em específico, se encaixa na parte de respostas mais rápidas. Afinal, o papel dele é representar os anseios do mercado através dessa resposta. E quando falo de marketing aqui, questiono não somente a comunicação, pois não adianta só falar, é preciso colocar isso em produtos, serviços e soluções que envolvam esses desejos.

3. Mudanças de personalidade

Outra vertente de todo esse processo é a questão da personalidade.

As gerações estão mudando, os perfis estão mudando. O perfil do millenial não se adequa bem a essa estrutura, pois não entende o porque as coisas precisam seguir os modelos predeterminados. Ele busca um pouco mais de liberdade e autonomia.

Entendendo isso, caso você consiga conciliar a cultura do seu negócio com esses perfis, o negócio terá uma estrutura mais ágil, que corresponderá ao mercado.

Olhando para o futuro, fica difícil imaginar empresas muito engessadas concorrendo em um mercado tão competitivo. Considerando que alguns players tem um poder muito grande de resposta ágil, é difícil imaginar que empresas tradicionais e lentas em respostas consigam ficar de pé.

Todo mundo precisa se reinventar e o parâmetro de reinvenção é o comportamento do público, da audiência e de quem compra. Esse comportamento reflete uma busca por negócios mais humanizados, que sejam mais próximos do dia a dia e que representam os valores e princípios que o consumidor e trabalhador acreditam.

Essa geração tem uma personalidade enraizada e complementada pelo consumo. Nas gerações anteriores o estilo de vida ditava os consumos. Já na geração atual o consumo dita o estilo de vida das pessoas de forma que “eu me torno quem eu quero ser pois consumo determinados produtos.”

A partir disso houve uma conexão muito forte entre quem eu sou e quem eu quero ser e as marcas começaram a ser usadas para fazer essa ponte.

Assim você consegue entender o tamanho da influência que as marcas possuem sobre o dia a dia das pessoas, por conta disso chegamos a outro ponto.

4. A personificação das marcas

Muitas marcas começaram a ter representantes, que são pessoas que possuem os mesmos ideais, valores e princípios que a marca. Essa estratégia é utilizada, pois o público consegue criar uma conexão com outro ser humano e acreditar no que ele fala de modo mais rápido do que aconteceria sem esse intermédio.

Se quem consome está sentindo que os seus anseios são considerados, essas mesmas pessoas estão entrando no mercado de trabalho e levarão isso para o universo corporativo.

Por exemplo, se eu consumo valores que me consideram uma voz ativa, eu também quero trabalhar em um espaço onde tenho essa voz, que representa o que acredito e que tem os mesmos valores e princípios do que eu.

Esse é o futuro da cultura corporativa. Uma cultura muito mais coletiva, que visa mais o todo do que pessoas isoladas. E a migração para essa nova cultura acontece, pois a tecnologia está permitindo que essas barreiras sejam quebradas.

Sobre isso eu tenho citação do Tom Peters que é “o que impede os avanços tecnológicos, não é a tecnologia, e sim os interesses” e a pergunta que eu deixo para você é: quais são os interesses que vem impedindo o seu negócio de crescer ou impedindo você de tomar as decisões que precisa?

Todas as decisões têm um conjunto de interesses. Pode ser fortalecer o negócio, a cultura, as pessoas que fazem parte desse processo ou fortalecer interesses individuais. É essa balança que nós temos que avaliar constantemente.

Por fim, esse corporativismo tradicional que estávamos muito acostumados a lidar e que nós enquanto consumidores repudiamos, começa a ser rejeitado pelos próprios indivíduos de uma equipe. Isso porque a sociedade vem mudando e essa evolução social reflete nos negócios.

Portanto, quem acompanha estas mudanças ficará na frente e no mercado.

Gostou desse assunto? Já está observando o universo corporativo mudar? Quero saber a sua experiência também!

Grande abraço!

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