Como criar copys que vendem

  • 23 de junho de 2022
  • Por antonio
  • 6 min de leitura

Você sabe o que é copy?

O termo “copy” vem surgindo cada vez mais e muitas pessoas ainda não sabem o que é.

Se você procurar por aí, vai descobrir que copywriting, é uma técnica de escrita persuasiva, que começou com as malas diretas, que eram cartas de venda, muito comuns antigamente, e tinham como intuito convencer a pessoa a comprar.

Desde aquela época, muita coisa mudou, o mundo evoluiu, mas as estratégias continuam iguais. Afinal, ao escrever lidamos com as emoções humanas e isso continua funcionando da mesma maneira mesmo com o passar do tempo.

Portanto, copy, de uma maneira muito simples, é: uma escrita que busca estabelecer uma conexão e te fazer tomar uma ação a partir de um desejo.

Mas como fazer isso?

Copy é um discurso persuasivo, ela vai fazer o papel de vendedor em um momento onde não há esse contato direto com o cliente. Isso significa que, não basta ofertar o seu produto para vendê-lo, é preciso ter esse intermédio que vai estabelecer uma conexão, manter o cliente atento, criar desejo, abrir precedentes e só depois conduzir a pessoa para o processo de compra.

Outro ponto é que a copy não funciona apenas no âmbito textual, mas também no imagético, portanto, pode ser um texto com vídeo, somente um vídeo, uma imagem com texto, ou diversos outros formatos. Isso porque ela não é uma forma de escrita, e sim uma estrutura.

A base dessa estrutura é uma grande ideia, que é a mensagem que você quer transmitir através do conteúdo que vai produzir, é a partir disso que você começa a pensar no discurso que vai utilizar.

Quer um exemplo? Se esse texto fosse uma copy, qual mensagem estou tentando te passar, qual o principal foco da nossa conversa? Bom, é só olhar no título “como criar copys que vendem”, porém, antes de pensar na sua ideia é preciso pensar no público para qual ela será voltada, um público mais consciente do seu produto exige uma ideia mais técnica e específica, e um público menos consciente exige algo mais amplo, mas que chame mais atenção.

Esse estilo de linguagem será definido por algo que chamamos de “nível de consciência“, ou seja, o quanto o público e possível cliente sabe sobre aquele produto.

Por exemplo, para um espectador menos consciente você poderia falar “você quer vender mais na internet e parar de ficar frustrado com o seu dia a dia?” que tem um significado amplo, portanto, atinge pessoas que ainda estão buscando soluções para um problema e não um produto específico. Agora, com um espectador mais qualificado você pode ser mais específico, por exemplo: “pare agora de usar gatilhos mentais para estruturar a sua copy!”, que remete a algo mais pontual.

Algo importante de se notar é que em ambos os exemplos expressam frustração e esse é um ponto importante: toda big idea vai remeter a uma emoção. Portanto, ao fazer uma, lembre-se de focar em um sentimento, pois é assim que você vai conseguir estabelecer uma conexão com a pessoa que está lendo.

Tendo isso em mente, podemos começar a falar sobre qual a estrutura utilizar. Muitas pessoas dizem que a copy não pode ter modelo, pois ficaria muito engessada quando precisa ser algo mais livre.

Mas, eu uso AIDA e é a melhor a estrutura que conheço para fazer copywriting.

AIDA é a junção dos termos: atenção, interesse, desejo e ação, e dentro desses pontos você pode ter a liberdade que quiser sem se perder para escrever, porém, para que essa escrita atinja seu objetivo de persuasão é importante usar os gatilhos mentais.

Gatilhos mentais é um termo já muito conhecido e utilizado no meio digital e de marketing. Segundo Roberto Cialdini, que começou as discutir sobre esses estímulos, existem 7 gatilhos mentais: reciprocidade, urgência, escassez, autoridade, coerência, prova social e unidade, e esses estímulos, ao serem utilizados, induzem o leitor a tomar uma ação,

Como o AIDA funciona nisso?

Primeiro é importante estabelecer momentos de ação. Nesse momento você pode usar o gatilho para atrair a atenção do leitor logo em um primeiro momento e também estabelecer uma relação de empatia com essa pessoa. A partir disso você pode começar a fomentar o interesse, de uma forma bem simples, sem especificar produto, a estrutura da escrita ficaria: “você já imaginou ter determinada coisa em vez de passar por determinada situação? Você sabia que isso é possível? E é cada vez mais fácil você alcançar esse tipo de resultado repensando esses elementos?”.

A partir disso, a pessoa tem o desejo de continuar lendo para saber mais e junto a isso surge o desejo de tomar uma decisão e nesse momento você faz a chamada para ação, para incentivar ainda mais o cliente a agir.

Porém, ao construir o seu texto persuasivo, sempre tenha em mente que você está falando com pessoas, imagine que você está em uma conversa e que o papel da copy é agir como um vendedor conversando, portanto, precisa ser algo muito fluido, muito natural, até por isso você não precisa se preocupar em ser muito coloquial, você pode usar expressões e gírias mais rotineiras, pois, quanto mais você conseguir se ligar com o leitor, melhor é.

E, a melhor forma de estabelecer essa conexão é sabendo com que você vai falar, por exemplo, o conteúdo de uma empresa de cosméticos se comunica de maneira diferente do que uma empresa de autopeças, pois, os públicos são diferentes. Portanto, para ter esse parâmetro é fundamental estabelecer uma Persona, que é a representação fictícia de um cliente ideal.

Por fim, como é possível saber se a sua copy está atingindo exatamente o objetivo que ela deveria? Não existe uma fórmula secreta para atuar no digital, por mais que tenhamos estruturas para escrever, o único meio de validar a sua estratégia é testando.

Tanto conversando com alguém e colocando aquilo em prática, ou tendo uma base fixa de clientes com os quais você pode ir colocando essas mudanças em prova. Assim você consegue ir percebendo o que precisa ajustar para atingir esse público da melhor maneira.

E fique atento, não é porque estamos no meio digital que você precisa deixar a escrita de lado por não ser tão “rápida”, só o fato da pessoa parar para ler o que você deseja falar já mostra que ela tem uma taxa de conversão maior. Mas é claro que existem modos mais ágeis de atingir essas pessoas, como o videomarketing. E essa escolha vai ser definida novamente pelo público-alvo.

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