Cultura, missão, valores, propósito, visão. Isso não é coisa para grandes corporações, é para todas as empresas!
Investir em cultura pode garantir a permanência de um negócio no mercado, pois ela determina pontos cruciais para o sucesso da empresa, como: a produtividade e desempenho, a qualidade de vida e do ambiente de trabalho, a rotatividade da equipe, a motivação e a inovação dentro da organização.
Tipos de Cultura
Segundo as tipologias de Handy, na obra ‘Deuses da Administração’, existem quatro tipo de culturas organizacionais:
Zeus (cultura do poder)
Com poucas regras e procedimentos. É uma das culturas mais adotadas, embora ultrapassada, esse tipo concentra-se na liderança individual com concentração de poder. O ambiente organizacional é estressante, desagradável e competitivo.
Apolo (cultura dos papéis)
Que trabalha pela lógica e racionalidade. Esse é um modelo de cultura extremamente burocrático e lento, já que as funções de cada um na equipe são muito engessados e não permite-se a inovação e proatividade. Embora muitas empresas gostam de adotar esse tipo, por ser muito claro as funções e atividades de cada pessoa na equipe, nesse ambiente, cria-se profissionais desmotivados, cansados e ‘robotizados’.
Atena (cultura de tarefa)
Orientada para o trabalho ou projeto. Esse tipo exige profissionais especializados/qualificados, pois a cultura é pautada na execução de tarefas. É um modelo flexível e motivador, já que, cada um na equipe tem autonomia para executar suas tarefas da forma que achar melhor, desde que o resultados esperado seja alcançado. Empresas que adotam essa cultura atraem profissionais criativos e solucionadores.
Dionísio (cultura pessoa)
Onde o indivíduo é o ponto central. Como diz o nome, essa cultura tem o foco na gestão de pessoas e no desenvolvimento individual de cada um.
Empresas que adotam essa cultura estão constantemente preocupadas com o bem-estar dos colaboradores, mas sem deixar o resultados de lado. Pessoas que fazem parte de empresas com essa cultura, normalmente são, ou se tornam colaborativas e tem grande potencial para liderança.
4 passos para começar
- Propósito. O que você quer que sua empresa seja? Essa é a pergunta primordial que um empreendedor deve se fazer antes de implementar a cultura. O propósito que direcionará todos os outros aspectos do negócio. Outra pergunta importante é: ‘Como os colaboradores enxergam o negócio?’, essa é uma pergunta que dirá o quanto a equipe está alinhada com o propósito e qual o caminho é preciso percorrer até chegar no resultado ideal;
- Política. A política é o código da empresa com seus colaboradores e seus clientes.Uma metodologia que gosto bastante e que utilizamos na @Unid, é o “Código de Cultura”, que é o conjunto de crenças, valores, princípios éticos que se tornam uma referência das atitudes que a equipe acredita e, que auxiliam no aumento da sinergia.
- Comunicação. A comunicação deve ser clara e para todos. Cada empresa encontra uma forma de disseminar seus valores na equipe, seja por reuniões, comunicados, pequenas palestras, ações individuais onde os membros da equipe explanam o que pensam e suas atitudes que refletem o código;
- Liderança. É ideal que a cultura comece pela liderança, seja o fundador, o gestor ou até mesmo pelo RH. Para que o processo de implantação tenha sucesso, os líderes precisam fugir da cultura de “faça o que eu falo e não faça o que eu faço”, se começar assim, o fracasso é garantido. As pessoas da equipe precisam de verdade e confiança para se inspirarem e se motivarem a adotar qualquer nova mudança na empresa.
Pequenas ações que mudam o clima
Implementar a cultura organizacional leva algum tempo de esforço e dedicação, portanto, não pense que os resultados chegam da noite para o dia.
Mas, isso não significa que você não pode começar com pequenas ações que geram resultados imediatos.
Antes de mais nada, ressalto que essas ações que vou listar, não são a cultura em si, são apenas ações paliativas que podem contribuir com o clima no ambiente de trabalho, no início e que devem ser mantidas durante todo o processo, até que se tornem parte orgânica da cultura.
- Incentive a cultura do ‘bom dia’. Dar bom dia, cumprimentar, até mesmo dar um abraço, pode fazer o dia de alguém melhor e consequentemente melhorar o ambiente;
- Crie um painel ou mural de mensagens. Compartilhar reflexões, elogiar ou até mesmo deixar aquela mensagem de incentivo para alguém que está passando por um desafio ou dificuldade.
- Presenteie. Trazer um docinho ou um bombom para a equipe, ou deixar na mesa de um colega de trabalho;
- Se interesse. Mostrar interesse por um colega, perguntar sobre a vida dele e se preocupar com sua realidade ou com algum integrante da família;
- Incentive. Comentar que está se desafiando a praticar uma atividade física, ou que está melhorando a alimentação, meditando ou lendo um novo livro, influencia pessoas que possam ver sentido nisso e também adotar as mesmas práticas;
- Oferecer ajuda. Oferece ajuda para ensinar algum conhecimento específico, organizar cursos e palestras gratuitas, ou até enviar um link de um curso que pode ajudar um membro da equipe a se desenvolver.
- Comemore. Incentive a comemoração em momentos pontuais. Pode ser o alcance de metas ou resultados, o dia do aniversário, um marco importante etc.
Essa é uma pequena lista de ações que não custam nada ou muito pouco e que podem fazer a diferença no dia a dia do ambiente organizacional.
A cultura nasce durante a rotina da empresa, dessa forma, é preciso um bom planejamento diário até a cultura começar a fazer parte do dia dia, naturalmente.